Inércias

Eu bocejo, olho pro teto, pro chão e bocejo de novo. Fico sem conseguir acreditar que tenha existido algum dia na vida que eu não tenha sido assim. Acho a internet chata demais, o orkut divertido, mas sem paciência. É sempre assim quando volto de viagem. Com o cérebro a mil, me sinto capaz de fazer qualquer coisa, de ser qualquer um. Agitado, animado, falante, mas tenho a experiência que isso não dura muito, apesar de ser um bom ponto de partida pra resolver alguns probleminhas.

Mas com o ócio, com a falta de palavras do dia-a-dia, com o silêncio dos msns e ipods do coditiano, eu acabo voltando para minha concha e interrompo essa evolução maravilhosa.

Precisava achar um jeito de não perder isso, essa espontaneidade, esse humor. Adoraria estar tão de bem com a vida e tão à vontade sempre.

Queria que minha inércia fosse essa, e não a outra. A paralizante, a medrosa, a acomodada.