Sunday, November 26, 2006

Cansado de Marx

O mais chato disso tudo (isso mesmo, disso tudo) é que pareço falar com paredes. Ou não, paredes seriam mais coerentes. Cada dia que passa tenho a nítida impressão de estar vendo um tipo de brilho de insanidade nos olhos da minha mãe. Do tipo que um dia a levará ao hospício mesmo. Cada discussão (que surge não sei de onde) chega a um surrealismo que é até difícil de explicar o porquê das brigas ou o porquê d'eu ter que ficar me justificando. Nem eu sei direito o que eu tenho que explicar para ela entender que está tudo bem, que eu estou ótimo, que nunca estive tão ótimo e que não estou, como ela diz "fora da realidade, alienado, playboy, irresponsável, alcoólatra, ingênuo, adolescente, que não consegue nem cuidar nem de si mesmo quanto mais da sua irmã quando eu for fugir repentinamente para a Europa", dentre outras coisas. Eu não nego que posso ter sim um pouco de algumas coisas que ela diz, mas o que eu não entendo é o porquê desse particular interesse agora. Porque os problemas que tenho hoje, sempre os tive, com a diferença de que hoje eles são muito mais atenuados, que já superei boa parte deles e que luto todo dia contra ainda uma boa parte deles (inclusive, a grande maioria deles não estão na lista materna).

A questão, e o que me revolta mais, é não conseguir entender porque ela vem insistir em me ENCHER O SACO exatamente no momento mais iluminado da minha vida provavelmente!
Pfffffff........

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Se ela nao o fizesse, nao seria Mae... ou paca

6:15 PM  

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