Janja's Crap
Sunday, December 24, 2006
Thursday, December 14, 2006
Chicotadas psicológicas
A prisão era no alto da montanha. Eu tinha que escalar e chegar lá antes do amanhecer. Diziam que no amanhecer lava escorria e que qualquer peregrino derretia em segundos. Diziam que lá na prisão viviam monges budistas e que nos purificavam a todos. Mas também diziam que homens de terno davam chicotadas morais em homens de farrapos. Dizia-se muito. Mas ninguém conhecia efetivamente algum ex-residente da prisão, do castelo, do salão, do templo ou seja lá como quisessem chamar a localidade misteriosa em cima da montanha. Ninguém conhecido jamais tinha ido e nem conhecia alguém que tivesse ido, ou pior, alguém que tivesse visto com os próprios olhos a real existência do lugar. Todos no vilarejo sempre acreditaram na lenda, menos eu. Mas na condição desesperada em que estava, a minha única salvação da morte seria a purificação. Para os horrores que cometi não há perdão, não há salvação. A minha consciência foi posta de lado e uma insanidade constante tomou conta. Por isso decidi ir num lugar no qual nem acreditava na existência. Mas no fundo eu sabia que existia, sabia que seria purificado e que algum dia poderia retomar a minha consciência. Poderia voltar a olhar nos olhos, a erguer a cabeça, a superar a culpa.
Subi segurando numa absurda raiz para superar o terreno arenoso e íngrime. Meu estado era lastimável. Camisa preta ligeiramente rasgada, calça preta ligeiramente rasgada, jaqueta de couro ligeiramente rasgada. Cabelo desajeitado e barba por fazer há uma semana. Tudo sujo de sangue, até a barba. Subi fazendo um esforço descomunal quando, depois de mais de cinco horas de uma solidão homicida, vi dois vultos sentados em algum lugar na escuridão. Não me importava de que lado estariam, acenei. Acenaram de volta e me chamaram para sentar também. Eram dois velhos, mulher e homem aparentemente.
Inter x Barça
Será que prevalece essa sensação de inferioridade do latino-americano diante do europeu (que de europeu tem muito pouco pra falar a verdade)? Eu não sei não, sempre achei que ia ser lavada esse jogo. O América jogou o que sabe jogar, fraquinho, medíocre, é isso mesmo, não sei onde tiraram que poderia ser mais.
O Internacional não tem time bom, é no máximo um pouco melhor que a mediocridade do América. E, gente, o Barcelona tem um time absurdamente bom. Tem Ronaldinho Gaúcho em sua maturidade profissional. O Inter tem o que? Alexandre Pato! Jogador em início, bem início de carreira. É bom, ok, mas não é nada ainda. Quê mais? Tem Fernandão, que juntando dois dele não dão um Iniesta ou um Deco. O goleiro é Clêmer e sabem como é Clemer né? A zaga tem Fabiano Eller, que só se destaca mesmo nesse triste futebol brasileiro. Alex parece que nunca entra em forma e o time ainda perdeu ótimos jogadores como Tinga, Rafael Sóbis, Bolívar e Jorge Wágner (que, lembremos, no futebol europeu não passam de medianos que é o que eles são).
Temos de parar de usar o futebol brasileiro como parâmetro para alguma coisa. Nós não temos jogador! Eles não sobrevivem mais que 6 meses se jogarem alguma coisa. A tendência, claro, é o nível ir diminuindo cada vez mais e jogadores cada vez piores se destacarem. E se um jogador é bom mesmo, se é craque, se destacará muito mais do que os antigos craques se destacavam.
A única chance do Inter é ganhar na raça e marcar absurdamente Ronaldinho. Fora isso, a chance de uma goleada como a de hoje é enorme.
Wednesday, December 13, 2006
Meio-Termo
Obs: Vi o jogo dormindo, acordando somente com os gritos do narrador em gols e lances perigosos. Muito divertido;
Selvageria
Como diria Obelix, esses argentinos são uns loucos!
Pelo menos é o que ELES dizem.