Malandros-bolinhas

Presidente de clube não pode ser malandro assim como o fazem (ou tentam fazer) Horcades e Márcio Braga. Assim como fez Salvador Hugo Palaia (que não é presidente, mas tinha função importantíssima na gerência de futebol). Presidente de clube teria que ter pulso firme, seridade e quem sabe até certo isolamento para conseguir obter uma centralidade. Oposto do que fazem os presidentes da malandragem carioca do fla-flu. Braga vêm a público dizer que não conhece Tévez, que técnico que perde três seguidas não fica mesmo, que no Flamengo é assim mesmo. Em vez de agir com lógica e planejamento chamando alguém em quem confie para realizar trabalho satisfatório a longo prazo. Prefere se fixar em bobagens como essas e perigando novamente rebaixamento ano apóis ano.

Já Horcades, que demite técnico como quem troca de cueca (se bem que conheço alguns que não trocam tanto assim), vem dizer, após perder em casa e se aproximar perigosamente da zona de rebaixamento, que o Fluminense briga pela Libertadores. Ora, é louvável a sua intenção como torcedor de dar confiança à equipe, no entando, ele se esquece de sua posição de poder. Pensem bem, qual será a reação de uma imediatista e preguiçoso (como são as pessoas de hoje) quando a representação máxima de poder vêm anunciar que você está é disputando a Libertadores apesar estar sendo derrotado sucessivamente com uma facilidade constrangedora. Pois bem, eu lhes digo. Essa pessoa não vai fazer absolutamente nada para mudar já que o fracasso para ela não significa fracasso em absoluto - significa acesso à Libertadores.
Se, em vez de demitir técnico atrás de técnico, os dirigentes cariocas malandros pusessem os pés no chão e vissem a situação precária em que se encontram, poderiam, talvez, andar passo a passo, por menor que ele seja, rumo a uma posteridade futura resistindo a essas pressões externas e até internas totalmente irracionais e emocionais.

Janja ouvindo - Full Metal Jacket - Drill Sergeant

Bosque Encantado

Eu não suporto mais a PUC. Pela primeira vez na vida, acreditem, eu preferia estar trabalhando do que essa inutilidade costumeira que é a PUC pra mim. Pois a questão é a seguinte, engrenei nesta pórra no momento em que deixei de lado todas as ambições sociais e de aprendizado. Hoje, ir à faculdade não é mais uma angústia, mas é uma chatice dos diabos. Se de manhã tenho mais prazer com a possibilidade de encontrar os poucos mas importantes amigos, à tarde a situação é absolutamente catastrófica!
Já que não tenho motivação suficiente para vencer a convicção eterna de baixa auto-estima, acabo não tendo novos amigos e, portanto, sou obrigado a isolar-me sempre no bosque. Não que eu não goste de um isolamentozinho, mas por ser a única opção me dá uma sensação de covardia e infantilidade. E isso, claro, me leva a ficar extremamente inseguro e inferior nas próprias horas que eu deveria valorizar.

Vocês não imaginam como um tempo livre me faz sofrer...

Janja ouvindo - Video Game Pianist - The Legend of Zelda 1 - Level Themes

As Pompas do Mundo

Tenho me decepcionado tanto com algumas notas em provas que eu achei que tinha arrasado, que perdi até a auto-estima de escrever. Não quero compaixão de ninguém, mas estou considerando seriamente a possibilidade d'eu estar vivendo uma ilusão há vários anos já. Estou um pouco com nojo de mim mesmo.



Ou será que são esses professores que são idiotas? Só se for isso mesmo.

Aliás, talvez seja até bom se livrar dessa estigma de ter que escrever bem, de repente assim eu me liberto um pouco e começo a usar novamente a escrita para fins terapeuticos.

Inércias

Eu bocejo, olho pro teto, pro chão e bocejo de novo. Fico sem conseguir acreditar que tenha existido algum dia na vida que eu não tenha sido assim. Acho a internet chata demais, o orkut divertido, mas sem paciência. É sempre assim quando volto de viagem. Com o cérebro a mil, me sinto capaz de fazer qualquer coisa, de ser qualquer um. Agitado, animado, falante, mas tenho a experiência que isso não dura muito, apesar de ser um bom ponto de partida pra resolver alguns probleminhas.

Mas com o ócio, com a falta de palavras do dia-a-dia, com o silêncio dos msns e ipods do coditiano, eu acabo voltando para minha concha e interrompo essa evolução maravilhosa.

Precisava achar um jeito de não perder isso, essa espontaneidade, esse humor. Adoraria estar tão de bem com a vida e tão à vontade sempre.

Queria que minha inércia fosse essa, e não a outra. A paralizante, a medrosa, a acomodada.

Eleiçãos

Votar no Lula é absolutamente justificável como alternativa ao PSDB. Agora, fazer campanha tresloucada pela vida, pelo MSN, pelo orkut para votar nele, me perdoem, mas é sintoma grave de doença mental.

Se você quer votar no Lula porque acredita que o PSDB é composto por um monte de incompetentes, de privatizadores, de intelectuais abobados, eu não concordo, mas entendo.

Agora, o rapaz declarar ao mundo que ficou satisfeito com esse governo, com esse bando de escândalos, com essa mafiazinha nojenta do PT é algo incompreensível. Uma pessoa com o mínimo de decência vai ficar de lado e dizer : "tanto faz"

CORAGEM

Material não falta. O que falta é coragem, audácia.

O inferno astral está acabando, logo ali, vou ser um grande líder segundo a astrologia. Fico on fire e viro um monstro. Só falta eu estar na regência de Plutão (que provavelmente nem é mais com letra maiúscula).